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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Notas de Bem Viver - Livro Atenção

Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens pelas aparências, não podem enganar a Deus. (OESP Cap IX)

Por maiores sejam os obstáculos procura doar o melhor de ti, na execução das
tarefas que te cabem.
Se erraste, recomeça.
Se caíres, pensa em tua condição de criaturas humana, reajusta as próprias
emoções e reergue-te para caminhar adiante.
Desânimo, em muitos casos, é ausência de aceitação do que ainda somos, ante
a pressa de ser o que outros, pelo esforço próprio nas estradas do tempo, já conseguem
ser.
Coragem é a força que nasce da nossa própria disposição de aprender e de
servir.
Não te ausentes dos próprios encargos.
Dever cumprido é passaporte ao direito que anseias usufruir.
Não acredites em felicidade no campo íntimo, sem o teu próprio trabalho para
construí-la.
Toda realização nobre se levanta na base da perseverança no bem.
Compadece-te dos que, por ventura, te firam e, ao recordá-lo exerce a bondade
sem ressentimento.
Não exijas de ninguém a obrigação de seguir-te os modelos de vida e
pensamento.
Protege as crianças, tanto quanto se te faça possível, mas não te tortures, ante
a escolha dos adultos que esperam de ti o respeito às experiências deles, tanto quanto
reclamas o acatamento alheio para com as tuas.
Distribui otimismo e simpatia.
Irritação não edifica.

Não perca tempo com lamentações inúteis, reconhecendo que há sempre
alguém a quem podes beneficiar com essa ou aquela migalha de apoio e generosidade.
Deixa algum sinal de alegria, onde passes.
Quando os problemas do cotidiano se te façam difíceis, ao invés de
inconformação ou de azedume, usa a paciência.
Sempre que necessário, empenha-te a ouvir esse ou aquele assunto, com mais
atenção para que possas compreender isso ou aquilo com segurança.
Lembra-te de que falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem.
Grande entendimento demonstra a criatura que vive a própria vida do melhor
modo que se lhe faça possível, concedendo aos outros o dom de viverem a vida que lhes
é própria, como melhor lhes pareça.

Dai A César O Que É De César - O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap 11

5 – Então, retirando-se os fariseus, projetaram entre si comprometê-lo no que falasse. E enviaram-lhe seus discípulos, juntamente com os herodianos, que lhe disseram: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e não se te dá de ninguém, porque não levas em conta a pessoa dos homens; dize-nos, pois, qual é o teu parecer: é lícito dar tributo a César ou não? Porém Jesus, conhecendo a sua malícia, disse-lhes: Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me cá a moeda do censo. E eles lhes apresentaram um dinheiro. E Jesus lhes disse: De quem é esta imagem e inscrição? Responderam-lhe eles: De César. Então lhes disse Jesus: Pois daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E quando ouviram isto, admiraram-se, e deixando-o se retiraram. (Mateus, XXII: 15-22; Marcos, XII: 13-17).

6 – A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de haverem os judeus transformados em motivo de horror o pagamento do tributo exigido pelos romanos, elevando-o a problema religioso. Numeroso partido se havia formado para rejeitar o imposto. O pagamento do tributo, portanto, era para eles uma questão de irritante atualidade, sem o que, a pergunta feita a Jesus: “É lícito dar tributo a César ou não?”, não teria nenhum sentido. Essa questão era uma cilada, pois, segundo a resposta, esperavam excitar contra ele as autoridades romanas ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, conhecendo a sua malícia”, escapa à dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, ao dizer que dessem a cada um o que lhes era devido. (Ver na Introdução o artigo intitulado Publicanos).

7 – Esta máxima: “Daí a César o que é de César” não deve ser entendida de maneira restritiva e absoluta. Como todos os ensinamentos de Jesus, é um princípio geral, resumido numa forma prática e usual, e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é uma conseqüência daquele que manda agir com os outros como quereríamos que os outros agissem conosco. Condena todo prejuízo moral e material causado aos outros, toda violação dos seus interesses, e prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja ver os seus respeitados. Estende-se ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, bem como para os indivíduos.