Tradutor

quinta-feira, 20 de março de 2014

A Indulgência

A indulgência no Evangelho segundo o Espiritismo - Capítulo X


Para que possamos entender a profundidade da palavra indulgência, vamos recorrer a O Evangelho Segundo o Espiritismo que diz: “A indulgência não vê os defeitos dos outros, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que não se tornem conhecidos senão dela unicamente. A indulgência jamais se ocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem tem censuras nos lábios, apenas conselhos, e quase sempre velados”. O grifo é nosso para que possamos nos atentar nestas observações. Nós ainda nos preocupamos, sim, com os defeitos dos outros, e somos experts em divulgá-los. Mas ai daquele que ouse apontar os nossos defeitos...
Nós vamos, sim, fazer observações chocantes sob a alegação de que estamos utilizando da sinceridade, quando a palavra correta seria crueldade. Podemos ser sinceros, mas até para ser sincero precisamos ter a bondade e o amor com as palavras e respeitar os sentimentos dos outros, e não feri-los. Com esta introdução podemos perceber que a maior parte da humanidade não pratica a indulgência.

Julgamos as pessoas sem nos preocuparmos com a veracidade das informações que chegam aos nossos ouvidos. Imaginamos que nunca iremos praticar ato igual ou pior. Não temos moral para condenar aquilo que se fez, faz ou pode chegar a fazer.
A passagem da bíblia sobre a mulher adúltera pode clarear a nossa mente neste sentido, quando Jesus disse: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. Após estas palavras as pessoas foram se retirando uma a uma, iniciando pelos mais velhos.
Devemos, antes de tudo, nos preocupar com as nossas próprias ações.


      Ante a Indulgência Divina - Livro Atenção - Emmanuel por Chico Xavier


Induzidos à intemperança mental, a explodir dentro de nós por vulcão de
loucura, meditemos na Indulgência Divina, para que não venhamos a cair nos desajustes
da intolerância.

Achavamo-nos, ontem, desarvorados e oprimidos no torvelinho das trevas.
O Senhor, porém, nos concedeu novo dia para recomeçar a grande ascenção à
luz.

Estávamos paralíticos na recapitulação incessante de nossos desequilíbrios.
Restituiu-nos a faculdade do movimento com os pés e as mãos livres para o
reequilíbrio que nos compete.

Sofríamos desilusão e cegueira.
Reformou-nos a esperança e a visão com que assimilamos as novas
experiências.

Jazíamos desassisados na sombra.
Reconduziu-nos à posse da integridade espiritual.

Padecíamos a desesperação a desgovernar-nos o verbo, através de atitudes
blasfematórias.
Investiu-nos, de novo, com o poder de falar acertadamente.

Vitimava-nos a surdez, nascida de nossa rebelião perante a Lei.
Dotou-nos de abençoados ouvidos com que possamos assinalar as novas lições
do socorro espiritual.

Procedíamos à conta de infelizes alienados, nas regiões inferiores,
materializando em torno de nós as telas dos próprios erros e eternizando assim, o
contato com os desafetos de nossa própria vida.
Concedeu-nos, porém, a Divina Bondade a bênção do lar e da provação, da
responsabilidade e do trabalho em comum, nos quais tornamos à associação com os
nossos adversários do pretérito para convertê-los, ao sol do amor, em laços de elevação
para o futuro.

Não olvides a tolerância de Jesus, o nosso Eterno Amigo, que nos suporta há
milênios, amparando-nos o coração, através de mil modos, em cada passo do dia, e por
gratidão a Ele que não vacilou em aceitar a própria cruz para testemunhar-nos
benevolência, sejamos aprendizes autênticos da fraternidade, porquanto somente no
perdão incondicional de nossas faltas recíprocas, conseguiremos atender-lhe ao apelo
inolvidável:
– "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei."

domingo, 16 de março de 2014

A Janela do Hospital

Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital. Um deles ficava sentado em sua cama por uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto. O outro homem era obrigado a ficar deitado de bruços em sua cama por todo o tempo. Eles conversavam muito. Falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seu envolvimento com o serviço militar, onde eles costumavam ir às férias. E toda tarde quando o homem perto da janela podia sentar-se ele passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver através da janela.

O homem na outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele dizia que da janela dava pra ver um parque com um lago bem legal. Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas árvores cheias de elegância na paisagem, e uma fina linha podiam ser vista no céu da cidade.

Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes e o outro homem fechava seus olhos e imaginava a cena pitoresca. Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua, embora ele não pudesse escutar a música, ele podia ver e descrever tudo.

Dias e semanas passaram-se. Em uma manhã a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens, mas achou um deles morto. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono a noite. Ela estava entristecida e chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo embora.
Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu a enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor para o homem e depois de verificar que ele estava confortável, o deixou sozinho no quarto.

Vagarosamente, pacientemente, ele se apoiou em seu cotovelo para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu fazê-lo deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou a enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias se pela janela só dava pra ver um muro branco?

A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse. Talvez ele só estivesse pensando em distraí-lo e alegrá-lo um pouco mais com suas histórias.

Há uma tremenda alegria em fazer outras pessoas felizes, independente de nossa situação atual. Dividir problemas e pesares é ter metade de uma aflição, mas felicidade quando compartilhada é ter o dobro de felicidade. Se você quer se sentir rico, apenas conte todas as coisas que você tem e que o dinheiro não pode comprar. O hoje é um presente e é por isso que é chamado assim.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Download do Livro Atenção

Atenção aprendizes da Doutrina Espírita,
faça o download do Livro "Atenção" de Emannuel, psicografado por Chico Xavier. Os estudos do livro, conforme sugestão do palestrante Marcelo Menezes de Faria.
Livro Atenção de Chico Xavier - baixe aqui


Esperança Constante - Livro Atenção

Emannuel - Livro Atenção psicografado por Chico Xavier

O pessimismo é uma espécie de taxa pesada e desnecessária sobre o zelo que a responsabilidade nos impõe, induzindo-nos à aflição inútil.
Atenção, sim.
Derrotismo, não.
Para que nos livremos de semelhante flagelo, no campo íntimo, é aconselhável desfixar o pensamento, muitas vezes, colado a detalhes ainda sombrios da estrada evolutiva.

Para que sustente desperto o entendimento, quanto à essa verdade, recordemos as bênçãos que excedem largamente às nossas pequenas e transitórias dificuldades.
É inegável que o materialismo passou a dominar muita gente, perante o avanço tecnológico da atualidade terrestre: contudo existem admiráveis multidões de criaturas, em cujos corações a fé se irradia por facho resplendente, iluminando a construção do mundo novo.
As enfermidades ainda apresentam quadros tristes nos agrupamentos humanos; no entanto, é justo considerar que a ciência já liquidou várias moléstias, dantes julgadas irreversíveis, anulando-lhes o perigo com a imunização e com as providências adequadas.

Destacam-se muitos empreiteiros da guerra, tumultuando coletividades; todavia, os obreiros da paz se movimentam em todas as direções.
Muitos lares se desorganizam; mas outros muitos se sustentam consolidados no equilíbrio e na educação, mantendo a segurança entre os homens.
Grande número de mulheres se ausentam da maternidade; entretanto, legiões de irmãs abnegadas se revelam fiéis ao mais elevado trabalho feminino no Planeta, guardando-se na condição de mães admiraveis no devotamento ao grupo doméstico.

Os processos de violência aumentam, quase que em toda parte; ampliam-se, porém, as frentes de amor ao próximo que os extinguem.
Anotando as tribulações que se desdobram no Plano Fiasco, não digas que o mundo está perdido.
Enumera as bênçãos de Deus que enxameiam, em torno de ti.
E se atravessas regiões de trevas, que se te afiguram túneis de sofrimento e desolação, nos quais centenas ou milhares de pessoas perderam a noção da luz, é natural que não consigas transformar-te num sol que flameje no caminho para todos, mas podes claramente acender um fósforo de esperança.

O Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo XIX

quarta-feira, 5 de março de 2014

Como a Obsessão se instala em nós?

Nem sempre a obsessão se instala de chofre. Quando tal ocorre, o processo de fixação tem procedência em larga faixa de tempo, conseguida imperceptivelmente.
Mentes comungam com mentes que se lhes assemelham.
Espíritos sintonizam com espíritos que lhes são afins.
Pessoas sincronizam com pessoas em que se comprazem
Quando se cultiva azedume e se dá guarida a suspeitas, ocorrem colheitas de desespero como de infelicidade.

Justo recorrer-se a terapêutica preventiva, quanto possível, e, percebendo-se instaladas as matrizes obsessivas, mister desdobrarem-se sérios esforços, pois o problema urge na sua gravidade, exigindo procedimento de largo porte e imediata decisão.
Enfermidade perigosa, a obsessão gera desgovernos lastimáveis e dores lancinantes, difíceis de ser catalogadas ou descritos...
[...]Não dês guarida, desse modo, às impressões nefandas no recesso do teu espírito.

Reage com todas as forças à maledicência, à inveja, ao ciúme, à ambição, às paixões, em suma, perturbadoras.
Policia a língua nos momentos infelizes a fim de que não te arrependas tardiamente.

Joana de Ângelis(Celeiro de Bênçãos, p. 159-160)

Fonte: Revista Auta de Souza