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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Desdobramento Mediúnico



Médium de desdobramento é aquele cujo Espírito tem a propriedade ou faculdade de desprender-se do corpo, geralmente em reuniões. 
Desprende-se e excursiona por vários lugares, na Terra ou no Espaço, a fim de colaborar nos serviços, consolando ou curando. 
Esse é o médium de desdobramento. 


Há condições, de ordem moral especialmente, das quais não pode o
médium de desdobramento prescindir, se deseja aprimorar a sua faculdade e aumentar os seus recursos, como sejam:

a) — Vida pura
b) — Aspirações elevadas
c) — Potência mental
d) — Cultivo da prece
e) — Exercício constante

Além dessas condições, que reputamos indispensáveis ao médium, os componentes do grupo têm também deveres e responsabilidades, uma vez que lhes compete auxiliar o desprendimento, acompanhar mentalmente a trajetória do Espírito do médium e encorajá-lo, também pelo pensamento, em sua viagem. 
Assim sendo, lembramos que três fatores essenciais são requisitados dos encarnados, nos serviços de desdobramento, a saber: 

a) — Auxílio, através da prece
b) — Concentração
c) — Exortação
A exortação, como não podia deixar de ser, é tarefa do dirigente encarnado dos trabalhos, isto no plano físico.

* Como rezar, segundo Marcelo Faria
Sentado na cama, deve-se fazer uma oração em 4 etapas, na seguinte forma:
1) agradeça pela sua vida, família, trabalho, família.
2) reze pelos que você sabe que também rezam.
3) reze pelos dirigentes: prefeito, governador.
4) peça: pela sua saúde, por um trabalho, pela família 



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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Render Graças

RENDER GRAÇAS
Joanna de Ângelis
 
"Rende graças a Deus por todas as dádivas da vida, no mundo maravilhoso em que te encontras, onde trabalhas e progrides.
Rende graças a Deus pelas dificuldades que defrontas, desafiando-te para o crescimento espiritual a que estás destinado.
Rende graças a Deus pelas enfermidades que lapidam as tuas arestas morais, ensinando-te paciência e liberdade.
Rende graças a Deus pela fé que te ilumina o caminho de ascensão, impossibilitando que as sombras dominantes constituam
impedimento à tua marcha.
Rende graças a Deus pelos amigos, que são estímulo e amparo na senda iluminativa, mas, também, pelos adversários que se convertem em mestres rigorosos e fiscais severos,
auxiliando-te a errar menos.
Rende graças a Deus por tudo  quanto te acontece,todavia, não te olvides de agradecer o mal que te não alcançou e os dissabores
que te não chegaram.
Sempre há motivo para render graças a Deus..."
 
(Trecho do livro Oferenda, Cap. 60, psicografia de Divaldo Franco)
 
 
 
 



 



 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Divaldo Franco fala sobre Joanna de Ângelis




Supresa e Saudade

Em considerando a inelutável ocorrência do fenômeno da morte, expressiva maioria das criaturas humanas diz-se surpresa quando convidado alguém amado ao decesso carnal.
A própria inevitabilidade da morte, por si, impõe a necessidade de uma atitude mental compreensiva, para cujo cometimento todos os seres orgânicos são constituídos.
A morte é estágio final do processo fisiológico, não cessação da vida.
A cada instante que passa, morre-se um pouco no corpo, enquanto se renovam células e moléculas, elaborando novas combinações orgânicas.
A morte, por isso mesmo, não pode constituir surpresa, tendo-se em vista que faz parte integrante da vida. Ela não consome a vida, mudando, apenas, a estrutura da forma.
Quando convidado às reflexões profundas, em face da desencarnação de um ser querido, evita cair no aturdimento e na revolta, a fim de que não derrapes pela blasfêmia irresponsável ou pela alucinação infeliz.
Medita, quanto possas, em torno do fenômeno da morte, a fim de que te habitues com ela e não sejas surpreendido quando te visite.
Cuida de manter uma posição emocional equilibrada, porquanto os que morrem afastam-se, fisicamente de ti, mas não se te desvinculam.
Teus pensamentos de desespero chegam-lhes e os atingem com altas cargas vibratórias perturbadoras.
As conjecturas rebeldes a que te entregas, emitem dardos certeiros que os ferem.
A mágoa e o inconformismo a que te deixas arrastar logram alcançá-los por processos telepáticos deprimentes, que os angustiam e aturdem.
Se sentes saudades, é muito natural, desde que não extrapoles da recordação dorida para a fixação malsinada, mediante evocações pouco procedentes.


Os Espíritos sentem-se felizes quando lembrados pelo carinho dos afetos terrenos, que agem e pensam com ternura neles, auxiliando outrem por amor a eles.
As palestras edificantes e os comentários dignos em torno deles, como a oração intercessória, chegam-lhes na forma de bálsamo, se sofrem, de estímulo e encorajamento em qualquer circunstância.
Não exclames desesperado, como se estivesses desamparado: - "E agora, que será de mim?!" Se amas o ser que partiu, pensa, também, como estará, que lhe sucederá, neste momento, e procura auxiliá-lo com renúncia pessoal, porquanto aquele que desencarnou, não se havendo consumido no nada, tem necessidade de ajuda.

Não há transformação mágica para ninguém, porque lhe sucedeu a perda da roupagem carnal.
Cada um se encontra além do corpo com a bagagem que conduz, armazenada durante a experiência física.
Quando alguém desencarna, vitimado por um acidente de veículo ou por um distúrbio orgânico imprevisto, não se desprende por acaso ou punido pela Soberana Vontade... Ora e tem paciência.
Há dores mais graves e problemas mais difíceis de suportados do que a morte, que não podes imaginar.
Se parte na direção da Vida Abundante uma criança ou um adolescente, não acredites injustiça a ocorrência.

A idade jovem, rapidamente encerrada, é bênção que faculta diferente mecanismo de evolução a benefícios do Espírito em crescimento.
Se desencarna na maturidade ou na velhice, não penses que poderia demorar-se um pouco mais, a fim de não incorreres em descabido egoísmo.
Ignoras o que poderia acontecer-lhe. As conquistas que ele granjeou, como a misericórdia divina sempre presente, impedem que seus resgates morais se expressem em forma diversa, mais angustiante...
Sem surpresa, embora com saudade, considera e medita sobre a desencarnação dos a quem amas.
Afinal, por mais longa se te pareça a vida física, ao concluí-la, descobrirás quanto foi breve e como passou rápida.
Reencontrarás aqueles amores que te anteciparam na morte, quando te soe a hora da partida.
Virão receber-te com carinho, se lhes honraste a memória ou esperar-te-ão em agonia se não se prepararem, a seu turno, nem de ti receberam a colaboração eficaz do amor.
Procede a considerações equilibradas em torno da morte, e ama sem posse, sem queixa, sem rebeldia.
Em chegando o momento da tua desencarnação, que virá, recebe a bênção da morte libertadora ungido de reconhecimento e de paz, com que volverás à Vida plena e total.
Livro:  Oferenda de Jonna de Ângelis

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Superando a perda de entes queridos

Perder um ente querido significa um dos momentos mais difíceis da existência humana. A dor da separação daqueles que amamos pode ser definida de inúmeras formas. Alguns a descrevem como uma dor no coração indescritível, outros dizem sentir uma sensação de vazio como se a alma estivesse despedaçada, há aqueles também que custam a querer acreditar no que aconteceu. O fato é que a dor da perda não pode ser evitada, mas a maneira de encarar a situação e a compreensão de que a morte não existe pode ajudar as pessoas a passarem por este momento doloroso.
A crença na vida após a morte e que a separação é passageira, diante da eternidade, traz um grande consolo no momento da partida daqueles que amamos. Outro aspecto importante que a Doutrina Espírita ensina é que o desespero e a revolta diante desta perda podem prejudicar aqueles que partiram. A questão 936 de O Livro dos Espíritos diz: “Uma dor incessante e desarrazoada o toca penosamente, porque, nessa dor excessiva, ele vê falta de fé no futuro e de confiança em Deus e, por conseguinte, um obstáculo ao adiantamento dos que o choram e talvez à sua reunião com estes”.

O Espiritismo também recomenda a prece pelos entes queridos que partiram, para que seus corações possam se sentir aliviados. O Evangelho Segundo o Espiritismo traz uma coletânea de preces e fala da importância da oração pelos que acabam de deixar a Terra como forma de ajudar no desligamento do espírito, tornando seu despertar no Além mais tranqüilo e breve. “Vós que compreendeis a vida espiritual, escutais as pulsações de vosso coração chamando esses entes bem-amados, e se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós essas poderosas consolações que secam as lágrimas, essas aspirações maravilhosas que vos mostrarão o futuro prometido pelo soberano Senhor”.
Além da busca do consolo espiritual é preciso aprender a lidar com a perda do ente querido. Para compreendermos melhor como trabalhar interiormente esse momento tão difícil e doloroso, entrevistamos a psicóloga Kátia Flock, que é vice-presidente da ABRAPE (Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas) e apresentadora dos programas Alquimia da Mente e Despertar para a Vida, na Rede Boa Nova de Rádio.

Como você, psicóloga e espírita, analisa a questão da perda de entes queridos? Acredito que o indivíduo que tem conhecimento da existência da vida após a morte aprende a lidar muito melhor com a questão da perda de entes queridos, porque tem uma concepção diferente dos demais, sabe que a perda é apenas física e transitória. Então, quando a pessoa passa por essa situação, muitas vezes de uma forma inesperada ou brutal e tem a crença nos valores espirituais, consegue viver esse período de luto com maiores condições de enfrentar o distanciamento.

Quer dizer, então, que a pessoa que possui fé e crença na vida após a morte lida melhor com a separação?
A pessoa que crê na existência da vida após a morte e passa pela dor da perda de um ente querido, lida melhor psicologicamente e emocionalmente com a morte. O individuo que não tem essa concepção da existência espiritual, acaba vivendo esse distanciamento de uma maneira pior e de forma conflituosa, por não acreditar na possibilidade de reencontrar a pessoa que partiu.
Com a dor da perda, o psiquismo sofre muitos danos e se existir uma ligação muito forte entre esses, a pessoa acaba vivendo com um grande drama. Muitas, até, não conseguem se curar quando perdem seus entes queridos; continuam sofrendo muitos anos com a mesma dor.
Além do aspecto espiritual, como podemos trabalhar psicologicamente a dor da perda?
Nós temos que analisar o que é a perda. Ela significa não podermos mais compartilhar com aquele indivíduo que é muito importante em nossa vida. Todos nós temos pessoas importantes em nossas vidas, mas se estivermos mais preparados e desenvolvermos o
autoconhecimento, aprenderemos a trabalhar melhor com os momentos difíceis. Muitas vezes existe uma dependência emocional muito grande entre elas e a perda parece brutal, até mesmo, desesperadora. Então, uma forma de lidar melhor com essas situações é a busca da psicoterapia. Por intermédio do tratamento, acaba entrando em contato com suas potencialidades internas e desenvolvendo a auto-estima, pois em geral, as pessoas muito dependentes das outras são pessoas que não confiam em si mesmas.
O autoconhecimento é uma ajuda para tudo na vida do ser humano, porque as perdas, as dificuldades e as frustrações existem e vão existir sempre. Mas a pessoa aprende, dessa maneira, a ter subsídios emocionais e afetivos suficientes para enfrentar as perdas em geral; aprende a canalizar o seu amor também para outras pessoas.

Desabafar sobre os problemas pode ajudar?
Sim. Falar, expressar seus sentimentos pode ajudar muito, mas apenas isso não resolve totalmente a questão. O tempo também ajuda a pessoa a enfrentar a situação.
É importante que aconteça a comunicação, porque o indivíduo muitas vezes acaba entrando em um estado de isolamento e se distanciar não é a maneira mais adequada de solucionar o problema. Negar, jamais deve ser o caminho de resolução de uma questão, e evitar falar é fugir.

A dor da perda leva muitas pessoas para os consultórios dos psicólogos?
O ser humano não foi criado para viver a dor, foi criado para viver o prazer, e desde criança aprendemos a lidar com a vida cheia de prazeres. Por isso que muitas vezes vemos os jovens com grandes frustrações e decepções, buscando até as drogas para fugir, exatamente porque não foram educados para vencer as dificuldades.
A maioria dessas pessoas que procuram os consultórios chegam em grande dor, até mesmo em desespero. E a dor se simboliza através de uma depressão, onde a pessoa não quer viver mais já que perdeu um ente querido. Nós chamamos esse período de depressão por luto. E através das sessões terapêuticas a pessoa vai percebendo que a grande dor dela foi de não querer aceitar que ela consegue viver sozinha; não acreditava até então que poderia viver sem aquela pessoa e vai começar a compreender que pode.

Para encerar, deixe uma mensagem.
O importante é perceber os bons momentos que vivemos com esse ente querido. Além disso, tentar entender que nada acontece ao acaso, tudo tem uma finalidade e se a separação ocorre, ela causa um grande impacto, mas temos que guardar um bom sentimento e sabermos que a caminhada foi importante enquanto estivemos juntos e que a separação não é o fim. Existe a possibilidade do reencontro.
Nós aprenderemos a lidar melhor com essa separação se tivermos a certeza de que ela é transitória. Todos nós partiremos um dia para o plano espiritual. Lidar com a morte não é nada fácil, porque é conviver com a perda. O enfrentamento vem a partir do momento em que tentamos aproveitar a presença de nossos entes queridos enquanto estão conosco, demonstrando carinho e amor, para quando partirem, não sofrermos tanto. Mas o que resta quando esse ente desencarna é lembrar desses bons momentos e ter a certeza de que a perda não é permanente, é apenas transitória. É um período de afastamento.
A pessoa deve tentar levar sua vida adiante, porque quando ficamos presos demais à perda, no futuro acabamos tomando conhecimento de que não vivemos a própria vida e sim, a vida do outro.
A pessoa que sofre a dor da perda de um ente querido não deve depender emocionalmente de uma mensagem psicografada. Apesar de muitas vezes servir como consolo, a pessoa precisa criar forças em seu próprio mundo interior.


Participando de grupos de apoio

A pessoa deve tentar levar sua vida adiante, porque quando ficamos presos demais à perda, no futuro acabamos tomando conhecimento de que não vivemos a própria vida e sim vida e sim, a vida do outro.
Segundo os depoimentos que ouvimos de muitas pessoas que perderam seus entes queridos, desabafar sobre o assunto é muito importante. “É como se tivéssemos nosso ente querido perto de nós novamente por alguns instantes”, nos relatou um dos entrevistados.
Existem alguns centros espíritas que oferecem esse tipo de apoio a esses familiares. Entramos em contato com dois deles. O centro espírita A Caminho da Luz, no bairro da Água Rasa, em São Paulo, mantém um grupo que recebe o nome Gotas de Amor, voltado aos pais que perderam seus filhos. O grupo se reúne para a leitura do Evangelho, passes, apoio às mães e psicografia. As voluntárias também orientam as gestantes e auxiliam na confecção de enxovais.
Outro local que possui um atendimento voltado às pessoas que perderam seus entes queridos é o centro espírita Perseverança, no bairro Santa Clara, zona leste de São Paulo. Entrevistamos Vilma Faria, coordenadora do grupo. O trabalho consiste em palestras e passes, depoimentos de pessoas que já vivenciaram a mesma dor, sessões de psicografia e auxílio nas obras sociais da casa. Vilma nos relatou, também, que perdeu seu filho há 25 anos, e como é ajudar outras mães que estão passando pela mesma situação. “Eu me encontrei na Doutrina Espírita e aprendi a olhar mais para a dor dos outros”, relata.
Seu filho, Moacyr Júnior, desencarnou em um acidente de moto aos 17 anos. Depois da perda ela passou a freqüentar o centro espírita Perseverança e lá recebeu diversas psicografias. Algumas dessas mensagens constam em livros como Motoqueiros do Além e Vozes da Outra Margem. Passou também a freqüentar o grupo de mães e hoje, como coordenadora, diz que tenta passar tudo aquilo que aprendeu para outras pessoas que estão passando pela dor. “Acima de tudo, devemos amar a Deus e jamais devemos nos entregar ao desespero. É através da vontade de servir a Jesus e ao próximo que aprendemos a sobreviver, apesar da dor, e muitas vezes não é preciso ir longe para isso; pode haver alguém de nossa família precisando de nossa ajuda”, reflete Vilma.